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Herodíade, de Mallarmé

A ama (encantação): Banida, e sua horrenda asa em meio aos prantos Do baixio, banido, o que remira espantos, Ouros nus fustigando o avermelhado céu, Uma Aurora, plumagem heráldica, elegeu Nossa torre cinzenta e sacrificial, Funda tumba da qual a ave abalou, por mal Da aurora em pluma vã na solidão talar, Ah! Dos tristes rincões o ruinoso solar! Não mais o borbotão! A água morna se aquieta, Que nem a pena mais ou cisne ela frequenta, O cisne insigne: a água reflete o abandono, Do que se apaga em si de chama pelo outono: Do cisne quando adentra o mausoléu poento Onde a pena mergulha a ponta, em desalento Por diamante alvar de uma estrela qualquer, Porém anterior, sem cintilar sequer. Crime! Fogueira! Aurora arcaica! Tragifarsa! Púrpura de um céu! Lago rubi comparsa! E aberto aos vermelhões, à toda, este vitral. O quarto singular é um cubo, arsenal Da era marcial, os ouropéis sem banho, Guarda o velho verniz das neves de antanho, E na

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