EM SURDINA
Tranquilos, na meia-luz
Que os altos ramos adensam,
Que os altos ramos adensam,
Deixemos o amor a flux
Deste silêncio imenso.
Corações, almas juntemos
E sentidos extasiados
Entre os langores amenos
Dos pinhos e dos ervados.
Teus olhos, então, semicerra,
Teus olhos, então, semicerra,
Cruza os teus braços a jeito,
E do sono a que se aferra,
Afasta os sonhos do peito.
Deixemo-nos enlevar
Deixemo-nos enlevar
pelo acalanto da altura
que vem, a teus pés, frisar
a relva fulva que ondula.
E a noite dos lutulentos
E a noite dos lutulentos
Carvalhos, quando cair,
Voz de nossos desalentos,
Um rouxinol vai-se ouvir.
PAUL VERLAINE.
(Trad.: Wladimir Saldanha.)
(Trad.: Wladimir Saldanha.)
Pénétrons bien notre amour
De ce silence profond.
Fondons nos âmes, nos cœurs
De ce silence profond.
Fondons nos âmes, nos cœurs
Et nos sens extasiés,
Parmi les vagues langueurs
Des pins et des arbousiers.
Ferme tes yeux à demi,
Parmi les vagues langueurs
Des pins et des arbousiers.
Ferme tes yeux à demi,
Croise tes bras sur ton sein,
Et de ton cœur endormi
Chasse à jamais tout dessein.
Laissons-nous persuader
Et de ton cœur endormi
Chasse à jamais tout dessein.
Laissons-nous persuader
Au souffle berceur et doux
Qui vient, à tes pieds, rider
Les ondes des gazons roux.
Et quand, solennel, le soir
Qui vient, à tes pieds, rider
Les ondes des gazons roux.
Et quand, solennel, le soir
Des chênes noirs tombera
Voix de notre désespoir,
Le rossignol chantera.
Voix de notre désespoir,
Le rossignol chantera.
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